Para Cristina (v.2)
Em momentos doces
como este
penso em você
Quando é noite e me recolho
num canto iluminado da sala
mergulhada em penumbra
O livro que leio,
queria recitá-lo
à cabeceira de sua cama
Essa música,
queria poder tocá-la
sob a lua da sua ou da minha terra natal
e arrancar um sorriso grato
Queria que visse minhas emoções
e as sentisse também
Em certos momentos,
quando me lembro de você,
perco a razão
de tão preocupado
com as problemáticas
pequeno-burguesas
Mas quem disse que o amor
é pequeno-burguês?
Quando me lembro de você
perco a fome –
queria armazenar meus víveres para alimentá-la
Minhas roupas,
que elas lhe servissem e eu pudesse
presentear-lhe com elas – nu
diante de você
já estou
Não há momento mais
delicado
sublime
doce
que estes
quando penso em você
É tarde e sinto sua falta
Sem me perguntar
se de mim tem saudade
Rabisco palavras
desgraciosas
em qualquer folha em branco
Sim, talvez o amor
para os pobres mortais
seja apenas um sentimento
pequeno-burguês
Sem grandeza para fazer brotar
os épicos, os contos
que inspira nos verdadeiros artistas
A poesia do meu amor
não está nas artes
mas na certeza intensa
impulsiva
colérica
brutal
de que estou vivo
que me assalta
quando penso em você
13/02/2005
Mais: Para Cristina v.1 e Para Cristina.
como este
penso em você
Quando é noite e me recolho
num canto iluminado da sala
mergulhada em penumbra
O livro que leio,
queria recitá-lo
à cabeceira de sua cama
Essa música,
queria poder tocá-la
sob a lua da sua ou da minha terra natal
e arrancar um sorriso grato
Queria que visse minhas emoções
e as sentisse também
Em certos momentos,
quando me lembro de você,
perco a razão
de tão preocupado
com as problemáticas
pequeno-burguesas
Mas quem disse que o amor
é pequeno-burguês?
Quando me lembro de você
perco a fome –
queria armazenar meus víveres para alimentá-la
Minhas roupas,
que elas lhe servissem e eu pudesse
presentear-lhe com elas – nu
diante de você
já estou
Não há momento mais
delicado
sublime
doce
que estes
quando penso em você
É tarde e sinto sua falta
Sem me perguntar
se de mim tem saudade
Rabisco palavras
desgraciosas
em qualquer folha em branco
Sim, talvez o amor
para os pobres mortais
seja apenas um sentimento
pequeno-burguês
Sem grandeza para fazer brotar
os épicos, os contos
que inspira nos verdadeiros artistas
A poesia do meu amor
não está nas artes
mas na certeza intensa
impulsiva
colérica
brutal
de que estou vivo
que me assalta
quando penso em você
13/02/2005
Mais: Para Cristina v.1 e Para Cristina.
